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Entendendo o tratamento da sua dor!

A dor crônica pode ser definida como uma comorbidade, ou seja, uma doença com a qual o indivíduo convive diariamente, sem ser uma ameaça iminente a sua vida. Isso na prática quer dizer que o tratamento de dor pode não ser tão rápido e pontual como você pode imaginar.

É preciso que se entenda que existem diferentes etapas no tratamento da dor, já que, após ter cronificado, o processo doloroso deixou de ter um mecanismo fisiológico de defesa, tornando-se a própria doença.

Toda a sinalização química relacionada a transmissão de dor passa a ser entendida como permanente, de forma que, apesar de muitas vezes a causa da dor já ter sido sanada, os sintomas relacionados a ela permanecem.

Vamos tomar uma queimadura como exemplo: as lesões ali presentes não só danificaram as células da pele como também todas as terminações nervosas que ali existiam. Essas “pontas de nervos” que ali permanecem, funcionam como fios desencapados. Disparam choques e informações de dor, o tempo todo.

Isso não quer dizer que não podemos ter um controle da dor cronificada. Como esses disparos errados modificam toda a transmissão e o entendimento de dor, podemos fazer uso justamente dessa atividade de neurotransmissores para controlar a dor. Anticonvulsivantes, antidepressivos e anestésicos locais são alguns exemplos de medicações chamadas adjuvantes. Essas medicações vão remodelar o funcionamento dos nervos, modificando a quantidade de hormônios e sua função; com isso, vão ajudar a inibir esses disparos errados.

Contudo isso é um processo que não se faz de um dia para o outro. Você pode até já sentir os efeitos das medicações 15 dias após o início do tratamento, mas isso não quer dizer que já pode suspender as medicações. Claro que cada paciente requer avaliação individual, mas na maioria das vezes, após algum tempo, o corpo pode ser capaz de voltar a funcionar de maneira regular.

Como os neurônios não se regeneram, a função original dificilmente será recuperada. Mas é totalmente possível controlar esse curto circuito com administração diária das medicações.

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Marcella de Cunto Romero Tabacow - Doctoralia.com.br